22 de Abril de 2008
Hoje já comecei melhor o dia apesar de ainda ter soluços. Dormi melhor mas comecei o dia com os ditos cujos mais fracos. Como não me davam o comprimido da manhã para eles perguntei a uma enfermeira se tinham esquecido a toma das 7.30 ao que me respondeu que já o tinha tomado as 2 da manhã. Vá-se lá entender estas coisas! A tia Ester veio visitar-me às 14h 30m e trouxe-me uns bolitos com creme (chantili) e não é que me passaram os soluços após ter comido um?
O resto do dia passou bem e pelas 22h 30m, antes do chá da noite, os soluços passaram sem mais! Não voltaram até me deitar e dormi muito bem, apesar de acordar várias vezes de noite!
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Sintomas associados a doenças simples podem apontar Esclerose Múltipla
Li no Telmo Macarrão um texto muito interessante que explica os sintomas associados à Esclerose Múltipla. vale a pena ler.
terça-feira, 29 de abril de 2008
A Whiter Shade Of Pale - Um Tom Mais Claro de Palidez
Skipped a light fandango
Dançamos um fandango suave
Turned cartwheels across the floor
Demos cambalhotas pelo chão
I was feelin' kind of seasick
Eu estava me sentindo meio enjoada
The crowd called out of more
A multidão pedia bis
And the room was howling harder
E o salão gritava e gritava
As the ceiling flew away
Enquanto o teto rodava
And when we called out for another drink
E quando pedimos outra bebida
The waiter brought a tray
O garçom trouxe uma bandeja
And so it was later
E então mais tarde
As the mirror told its tale
Enquanto o espelho contava sua história
And then a face at first just ghostly
Um rosto a princípio apenas fantasmagórico
Turned to a whiter shade of pale
Ganhou um tom mais claro de palidez
You said there is no reason
Você disse que não há motivo
And the truth is plain to see
E a verdade é fácil de se ver
But I wondered through my playing cards
Mas eu consultei as cartas do baralho
And would not let her be
E não deixei que ela fosse
One of sixteen vestal virgins
Uma entre dezesseis virgens vestais
Who were leaving for the coast
Que partiam para o litoral
And although my eyes were open
E embora meus olhos estivessem abertos
They might just as well've been closed
Daria no mesmo se estivessem fechados
And so it was later
E então mais tarde
As the mirror told its tale...
Enquanto o espelho contava sua história...
Diário de um Internamento 7
21 de Abril de 2008
Finalmente Segunda - feira! Aparece o doutor a dar novidades: há uma vaga para internamento na Neurologia. Por fim vou mudar de lugar e, ao que vi mais tarde, para melhor. Outra coisa doutor: trate dos meus soluços! E lá saiu uma medicação a tomar de oito em oito horas! Infelizmente apenas comecei a tomar os ditos comprimidos pelas 15h 30m que é, pelos vistos, uma das horas da toma. Ainda almoço no SO e fico à espera do "Táxi" que me leve à Neurologia.
Realmente valeu a pena a mudança. As Enfermeiras e Auxiliares já estavam à minha espera e, à chegada, logo me foi indicada a cama e o armário e posto a par do funcionamento da enfermaria. Além do quarto propriamente dito ( seis pessoas) havia uma pequena marquise onde se tomavam as refeições, servidas pelas auxiliares, em mesa própria, com direito a toalha e tudo. Havia também uma televisão que ajudava a passar o tempo. O horário das visitas já era normal. Já recebi visitas e alguns mimos da tia Ester. Apesar de tomar a medicação para os soluços, os mesmos, à noite, ainda não passavam. Felizmente alguns colegas do quarto faziam companhia e a conversa ajudava a passar o tempo. Mais uma vez , pelas 2 da manhã, tive que pedir ajuda à enfermeira com um comprimido suplementar. Renitente, lá acedeu a dar-mo pois já havia passado 5 horas desde a última toma. Recomendou-me ainda que me deitasse pois o comprimido só fazia efeito em repouso. Lá consegui acalmar os soluços e dormir até cerca das 5-6 da manhã. A situação geral lá melhorou um pouco!
Finalmente Segunda - feira! Aparece o doutor a dar novidades: há uma vaga para internamento na Neurologia. Por fim vou mudar de lugar e, ao que vi mais tarde, para melhor. Outra coisa doutor: trate dos meus soluços! E lá saiu uma medicação a tomar de oito em oito horas! Infelizmente apenas comecei a tomar os ditos comprimidos pelas 15h 30m que é, pelos vistos, uma das horas da toma. Ainda almoço no SO e fico à espera do "Táxi" que me leve à Neurologia.
Realmente valeu a pena a mudança. As Enfermeiras e Auxiliares já estavam à minha espera e, à chegada, logo me foi indicada a cama e o armário e posto a par do funcionamento da enfermaria. Além do quarto propriamente dito ( seis pessoas) havia uma pequena marquise onde se tomavam as refeições, servidas pelas auxiliares, em mesa própria, com direito a toalha e tudo. Havia também uma televisão que ajudava a passar o tempo. O horário das visitas já era normal. Já recebi visitas e alguns mimos da tia Ester. Apesar de tomar a medicação para os soluços, os mesmos, à noite, ainda não passavam. Felizmente alguns colegas do quarto faziam companhia e a conversa ajudava a passar o tempo. Mais uma vez , pelas 2 da manhã, tive que pedir ajuda à enfermeira com um comprimido suplementar. Renitente, lá acedeu a dar-mo pois já havia passado 5 horas desde a última toma. Recomendou-me ainda que me deitasse pois o comprimido só fazia efeito em repouso. Lá consegui acalmar os soluços e dormir até cerca das 5-6 da manhã. A situação geral lá melhorou um pouco!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Diário de um Internamento 6
20 de Abril de 2008
Domingo. Mais um dia igual aos outros; doentes que entram e saem, soluços para não variar, esperar que passe mais um dia e, finalmente, uma noite pela frente para tentar dormir e descansar!
Chegada a noite começa o martírio: andar atrás e adiante para passar o tempo, ver chegar doentes, acidentes,..., voltar para a cama e tentar dormir, sai da cama por não conseguir pregar olho, enfim, acabar por pedir à enfermeira mais um SOS para acalmar. Lá vai ela ao médico pedir mais uma dose e lá vem ela com um género de soro (125 mg, pr'aí) que depressa entram na veia (gota a gota). Depois de alguma dúvida relativamente ao efeito do medicamento, lá acalmei e consegui dormir. Já nem sei que horas eram!
Dentro disto tudo, o que vale são as visitar da família ou de alguns conhecidos que trabalham no hospital, ou que conseguem infiltrar-se ao abrigo de funcionários do hospital.
domingo, 27 de abril de 2008
Diário de um Internamento 5
19 de Abril de 2008
Hoje é sábado. Mais um dia a esperar e a secar. Mais um dia de soluços. E , chegada a noite, começa o sacrifício. Parece que o tempo não passa. Cada minuto parece uma hora. Chegam as 3 da manhã e os ditos não param. Peço ajuda à enfermeira! Ela fala com o médico de servico e este dá-lhe ordem para me aplicar uma injecção intravenosa que vai fazer efeito e até dá tonturas. É verdade: fez efeito, deu tonturas e consegui dormir mais duas horas!
sábado, 26 de abril de 2008
EM: o que é?
Esclerose Múltipla
"Introdução
A esclerose múltipla é uma doença neurológica degenerativa e incapacitante que afeta o cérebro e a espinha dorsal. A doença também é progressiva, significando que continua a piorar com o passar do tempo. (ler mais aqui)
"Introdução
A esclerose múltipla é uma doença neurológica degenerativa e incapacitante que afeta o cérebro e a espinha dorsal. A doença também é progressiva, significando que continua a piorar com o passar do tempo. (ler mais aqui)
Diário de um Internamento 4
18 de Abril de 2008
Com referi no post anterior comecei o dia às 6 da manhã com soluços. Pelas 9 horas chegou o médico e pedi-lhe para me resolver o problema dos soluços. Mandou aplicar-me uma injecção intramuscular de SOS para o problema. Mais tarde verifiquei que não tinha dado indicações para me aplicarem as outras duas que se podiam tomar durante o dia. Conclusão: a que tomei não foi suficiente para resolver o acesso constante dos malditos. Pela tarde ainda tomei o medicamento para o estômago mas fiquei a saber que o ciclo de corticosteróides tinha terminado. À noite foi o mesmo sacrifício: os soluços não paravam e, pelas três da manhã pedi à enfermeira para me dar alguma coisa mas o medico de serviço já tinha ido embora? e não podia dar-me nada sem a sua autorização. Sugeriu-me que me deitasse com as costas levantadas, ajeitou-me o lençol e mandou-me fechar os olhos. Pareceu magia! Os soluços pararam e consegui dormir duas horas. Pelas 5 da manhã acordei, fui à casa de banho e os soluços voltaram! Com a chegada do amanhecer esta maldita praga tornou-se mais fácil de suportar.
Com referi no post anterior comecei o dia às 6 da manhã com soluços. Pelas 9 horas chegou o médico e pedi-lhe para me resolver o problema dos soluços. Mandou aplicar-me uma injecção intramuscular de SOS para o problema. Mais tarde verifiquei que não tinha dado indicações para me aplicarem as outras duas que se podiam tomar durante o dia. Conclusão: a que tomei não foi suficiente para resolver o acesso constante dos malditos. Pela tarde ainda tomei o medicamento para o estômago mas fiquei a saber que o ciclo de corticosteróides tinha terminado. À noite foi o mesmo sacrifício: os soluços não paravam e, pelas três da manhã pedi à enfermeira para me dar alguma coisa mas o medico de serviço já tinha ido embora? e não podia dar-me nada sem a sua autorização. Sugeriu-me que me deitasse com as costas levantadas, ajeitou-me o lençol e mandou-me fechar os olhos. Pareceu magia! Os soluços pararam e consegui dormir duas horas. Pelas 5 da manhã acordei, fui à casa de banho e os soluços voltaram! Com a chegada do amanhecer esta maldita praga tornou-se mais fácil de suportar.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Diário de um Internamento 3
17 de Abril de 2008
Logo pela manhã aparece o médico e diz-me que continua a não haver lugar na Neurologia para internamento. O tratamento continua com mais uma dose de corticosteróides e outra para o estômago acompanhadas de soro.
Hoje começou um martírio: os soluços vieram para tarde ir embora. Estive nisto todo o dia e noite. Não imaginam o que é ter os olhos a fechar, carregado de sono, e os ditos cujos a vir. Foi uma maratona até às 4 da manhã até que, desorientado, pedi ajuda ao enfermeiro de serviço. Ele lá foi falar com o médico da urgência e veio com um pequeno injectável que me fez descansar apenas 2 horas. Pela seis da manhâ os "gajos" voltaram e continuou assim todo o dia!
Logo pela manhã aparece o médico e diz-me que continua a não haver lugar na Neurologia para internamento. O tratamento continua com mais uma dose de corticosteróides e outra para o estômago acompanhadas de soro.
Hoje começou um martírio: os soluços vieram para tarde ir embora. Estive nisto todo o dia e noite. Não imaginam o que é ter os olhos a fechar, carregado de sono, e os ditos cujos a vir. Foi uma maratona até às 4 da manhã até que, desorientado, pedi ajuda ao enfermeiro de serviço. Ele lá foi falar com o médico da urgência e veio com um pequeno injectável que me fez descansar apenas 2 horas. Pela seis da manhâ os "gajos" voltaram e continuou assim todo o dia!
Estudo:Ressonãncia magnética útil na EM
Investigadores identificaram uma anormalidade relacionada com a progressão da esclerose múltipla (EM) em imagens do cérebro de doentes obtidas através de Ressonância Magnética, revela um estudo publicado hoje na revista Radiology.
Diário de um Internamento 2
16 de Abril de 2008
Estou acomodado no SO. Continua o tratamento: corticosteróides, protecção para o estômago, soro q.b.. Visita do médico que me põe ao corrente do tratamento e que ainda não há vaga na neurologia para ser internado. Só epois de ser internado é que poso fazer a Ressonãncia Magnética para ver o estado das coisas e se há formação de placas e onde.
Estou alojado num quarto de três mas os colega são sempre novos. Todosos dias entra ou sai algum: estamos nas urgências!
Chega a noite: hora de dormir! Dormir é uma forma de dizer. Apesar de os colegas serem sossegados o movimento daquela secção pouco ajuda. Durmo pouco mais de uma hora e dou conta de todo e qualquer movimento. Hoje tive um colega em estado miserável: só pele e osso, apoiado com oxigénio...
Estou acomodado no SO. Continua o tratamento: corticosteróides, protecção para o estômago, soro q.b.. Visita do médico que me põe ao corrente do tratamento e que ainda não há vaga na neurologia para ser internado. Só epois de ser internado é que poso fazer a Ressonãncia Magnética para ver o estado das coisas e se há formação de placas e onde.
Estou alojado num quarto de três mas os colega são sempre novos. Todosos dias entra ou sai algum: estamos nas urgências!
Chega a noite: hora de dormir! Dormir é uma forma de dizer. Apesar de os colegas serem sossegados o movimento daquela secção pouco ajuda. Durmo pouco mais de uma hora e dou conta de todo e qualquer movimento. Hoje tive um colega em estado miserável: só pele e osso, apoiado com oxigénio...
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Testemunho
Convive com a esclerose múltipla e é mãe
“A alegria de viver foi-me devolvida”A vida de Salomé Cristino desmoronou-se aos 21 anos, quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. A família rejeitou-a, o marido pediu o divórcio e o escritório de contabilidade onde trabalhava demitiu-a. "Entrei em depressão. Existe muito preconceito em relação à esclerose. Há pessoas que pensam que é contagiosa", lamenta.
“A alegria de viver foi-me devolvida”A vida de Salomé Cristino desmoronou-se aos 21 anos, quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. A família rejeitou-a, o marido pediu o divórcio e o escritório de contabilidade onde trabalhava demitiu-a. "Entrei em depressão. Existe muito preconceito em relação à esclerose. Há pessoas que pensam que é contagiosa", lamenta.
Conhecer melhor a Esclerose Múltipla
Simulador faz médicos sentirem na pele sintomas da Esclerose Múltipla
Projecto de companhia farmacêutica visa criar empatia entre neurologistas e pacientes.
Projecto de companhia farmacêutica visa criar empatia entre neurologistas e pacientes.
Diário de um Internamento 1
15 de Abril de 2008
Após dias e meses de sintomas (pés dormentes, perna direita cada vez menos sensível, grandes desequilíbrios, alguma dificuldade em controlar o esfincter, entre outros) decido que não posso esperar mais e deixar de tratar a sintomatologia com um simples LYRICA depois do insucesso de outras marcas.
Telefono ao médico e digo que vou para as urgências. Ele não está de banco mas diz que dará indicações aos colegas para que me seja iniciado um ciclo de corticosteróides.
Dou entrada cerca das 13 horas e por ali fico uma hora à espera. Depois sou chamado para a primeira conversa com o médico de serviço. De seguida passo ao enfermeiro para me ser feita uma colheita de sangue.Regresso à sala der espera onde há uma boa corrente de ar!
Passadas duas hora chegam os resultados das análises e dou entrada no corredor das urgências onde me é aplicado o soro com o corticosteróide. Lá para a noite sou acomodado numa das salas do Balcão Homens e, já quase pronto a dormir, sou levado para o SO (Serviço de Observação) onde tenho direito a uma cama um pouco mais confortável.
Após dias e meses de sintomas (pés dormentes, perna direita cada vez menos sensível, grandes desequilíbrios, alguma dificuldade em controlar o esfincter, entre outros) decido que não posso esperar mais e deixar de tratar a sintomatologia com um simples LYRICA depois do insucesso de outras marcas.
Telefono ao médico e digo que vou para as urgências. Ele não está de banco mas diz que dará indicações aos colegas para que me seja iniciado um ciclo de corticosteróides.
Dou entrada cerca das 13 horas e por ali fico uma hora à espera. Depois sou chamado para a primeira conversa com o médico de serviço. De seguida passo ao enfermeiro para me ser feita uma colheita de sangue.Regresso à sala der espera onde há uma boa corrente de ar!
Passadas duas hora chegam os resultados das análises e dou entrada no corredor das urgências onde me é aplicado o soro com o corticosteróide. Lá para a noite sou acomodado numa das salas do Balcão Homens e, já quase pronto a dormir, sou levado para o SO (Serviço de Observação) onde tenho direito a uma cama um pouco mais confortável.
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