sábado, 22 de agosto de 2009

Doença semelhante à EM, em ratos, é suprimida pela fusão de duas protainas imunitárias


Investigadores canadianos relataram que ratos com uma doença semelhante à esclerose múltipla recuperaram, tendo sido suprimido o ataque imunitário que conduz da doença, quando a equipa lhes administrou o “GIFT15” – um composto formado pela fusão de duas proteínas imunitárias. O Dr. Jacques Galipeau (médico da Universidade McGill, em Montreal) e os seus colegas relatam o que descobriram na revista Nature Medicine (9 de Agosto de 2009).

Antecedentes: A esclerose múltipla ocorre quando o sistema imunitário ataca o cérebro e a espinal-medula. Há muito que se sabe que as células imunitárias T têm um papel importantíssimo nestes ataques, mas há cada vez mais evidências sobre o papel desempenhado pelas células B. Os investigadores relataram que – tal como um sub-conjunto de células T chamadas “T regs” pode regular ou suprimir um ataque imunológico – existe um sub-conjunto de “B regs” que poderia ser capaz de fazer o mesmo.

O estudo: A equipa do Dr. Galipeau desenvolveu um composto chamado “GIFT15” fundindo conjuntamente duas proteínas imunitárias (GM-CSF e interleucina-15). Pretendiam originalmente usar o composto para estimular a rejeição de tumores pelo sistema imunitário, mas descobriram que ele tinha uma poderosa e inesperada capacidade de suprimir o sistema imunitário. Prosseguindo os estudos, adicionaram o GIFT15 a células B isoladas em lamelas laboratoriais, constatando que ele transformava as células B em B regs. Para testar as suas características imunosupressoras, a equipa administrou então as células B regs a ratos com EAE (encefalomielite alérgica experimental), uma doença semelhante à esclerose múltipla. Descobriram que o tratamento suprimia o ataque imunitário e fazia desaparecer os sintomas clínicos.

Comentário: “Esta estratégia é nova porque se foca na amplificação das capacidades das células imunitárias B do próprio corpo de pararem o ataque, mas muito mais investigação será ainda necessária antes de se saber se esta aproximação será realmente útil para tratar eficazmente e com segurança seres humanos – e não apenas ratos – afectados pela EM”, diz o Dr. John Richert, Vice Presidente Executivo para a investigação e programas clínicos da National MS Society (EUA). “Esperamos vir a saber mais sobre as células B regs e como poderemos dominá-las para as usar em estratégias terapêuticas na EM.


Fonte: NMSS – Natonal Multiple Sclerosis Sciety

Sequência Terapêutica

Sequência Terapêutica
Será a imunomodulação na esclerose múltipla potenciada por uma imunossupressão inicial?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune de causa desconhecida e com uma patogénese muito complexa. O objectivo dos tratamentos na EM é modular o sistema imunitário, em vez de o suprimir.

O acetato de glatiramer (Copaxone) é um tratamento imunomodulador aceite para a EM. Adicionalmente ao seu mais conhecido mecanismo de acção, que consiste em bloquear a interacção entre as células T e a mielina, pensa-se que haverá outros. Em pessoas tratadas com este produto, pode ser utilizada a avaliação de uma propriedade específica das células T, para monitorizar os benefícios do tratamento.

Para além disso, outros tratamentos com propriedades imunossupressoras, tais como a mitoxantrona, também provaram ser eficazes na EM. Foi demonstrado que um curto período de tratamento com mitoxantrona, antes do tratamento com Copaxone, melhora a resposta clínica a este medicamento.

Os autores deste estudo investigaram o impacto da mitoxantrona, quando administrada imediatamente antes do tratamento com Copaxone na propriedade específica das células T, que anteriormente havia sido associada aos efeitos terapêuticos do mesmo. Descobriram porém que o tratamento com a mitoxantrona não modificou aquela propriedade específica das células T. Tais resultados fazem sobressair a complexidade do mecanismo de acção do Copaxone.


Autores: Bar-Or A, Oger J, Gibbs E, Niino M, Aziz T, Renoux C, Alatab S, Shi F, Campagnolo D, Jalili F, Rhodes S, Yamashita T, Fan B, Freedman M, Panitch H, Arnold D, Vollmer T.
Fonte: Mult Scler. 2009 Aug;15(8):959-64

Os cuidados de saúde prestados a portadores de EM pelos respectivos familiares representam desafios singulares

Os cuidados prestados a portadores de EM pelos respectivos familiares representam desafios singulares – um estudo financiado pela Sociedade Americana de EM, aponta para a necessidade de repouso e de cuidados de saúde mental para os familiares que prestam cuidados.

Um estudo com enfoque nos familiares de doentes de EM portadores de incapacidade moderada a severa, evidencia a singularidade demográfica desta população e a sua necessidade de apoios. Robert Buchanan, um investigador de cuidados de saúde da Universidade do Estado do Mississípi (EUA) e os seus colegas publicaram os resultados na edição de Julho de 2009 da revista Disability & Rehabilitation. O estudo foi financiado pela Sociedade Americana de EM.

Antecedentes: Estudos anteriores sugerem que, em determinado momento, cerca de 30% dos portadores de EM requerem assistência e cuidados em suas casas, e que 80% destes cuidados são providenciados por prestadores informais e gratuitos, normalmente membros de família. Este tipo de cuidados é importante se ajudar os portadores a ficar em casa em vez de serem transferidos para lares. Para melhor compreender os cuidados informais prestados às pessoas com incapacidade moderada a severa e outros aspectos de cuidados continuados de longa duração na EM, a Sociedade Americana de EM lançou um concurso pedindo propostas para uma investigação sobre este tópico, ao abrigo de um Programa de Investigação sobre Prestação e Políticas de Cuidados de Saúde. A equipa do Dr. Buchanan foi seleccionada e financiada para realizar o estudo sobre assuntos relacionados com cuidados continuados de de longa duração, incluindo cuidados informais no domicílio da pessoa com EM.

Desenho do estudo: Depois de vários grupos temáticos terem auxiliado no desenho do estudo, foram feitas entrevistas telefónicas com 530 pessoas, cada uma delas prestadora da maior parte dos cuidados informais ou dos cuidados gratuitos a pessoas com EM. O estudo centrou-se especificamente em prestação de cuidados envolvendo portadores com incapacidade moderada a severa. Os participantes foram identificados através de um mailing dirigido a milhares de portadores inscritos no NARCOMS, um registo voluntário de doentes.

Resultados: A vasta maioria (78%) dos prestadores de cuidados eram os esposos, sendo em mais de metade dos casos, os maridos. Quarenta por cento referiram que havia outro prestador de cuidados envolvido e, destes, metade eram filhos. Trinta por cento também referiram que tinham um ou mais prestadores de cuidados pagos, empregadas domésticas, auxiliares ou enfermeiras(os). Quase metade disse prestar mais de 20 horas de cuidados por semana. Os cuidados variavam desde tarefas domésticas como compras, preparação de refeições e gestão financeira, a cuidados pessoais como administração da medicação, injecções, higiene pessoal, etc..

O impacto dos seus papéis informais, enquanto prestadores de cuidados, foram significativos. Mais de 40% dos prestadores que estavam empregados referiram que as suas tarefas os obrigaram a reduzir a duração das jornadas de trabalho em relação ao ano anterior, e 77% deles tinha que trabalhar até mais tarde, deixar o trabalho mais cedo, ou pedir licenças para atenderem às suas responsabilidades de prestação de cuidados. Dez por cento dos que responderam ao inquérito disseram que não podiam trabalhar para poderem atender às suas responsabilidades de prestadores de cuidados.
Entre os desafios mais frequentemente enfrentados pelos prestadores de cuidados informais, mais de metade referiram precisar de ajuda para encontrar mais tempo para si mesmos, e quase metade precisava de ajuda para gerir as suas emoções e o stress físico. Cerca de 26% dos participantes sentia que poderia beneficiar de tratamento ou aconselhamento por um profissional de saúde mental, mas apenas um terço dos que reconheceram esta necessidade procurou tal tipo de ajuda.

Apesar dos vários desafios enfrentados pelos prestadores de cuidados informais, a esmagadora maioria dos que reponderam ao inquérito disseram estar felizes em poder ajudar, que achavam a prestação de cuidados gratificante e que estavam orgulhosos dos cuidados que prestavam.

Os investigadores compararam as características dos prestadores de cuidados informais a portadores de EM com as dos prestadores de cuidados noutras situações de deficiência/doença, e encontraram diversos aspectos que caracterizam algumas singularidades no caso das pessoas com EM:
A EM é uma doença crónica, e os prestadores de cuidados ocuparam-se da pessoa com EM durante uma média de 13,2 anos, comparados com uma média nacional de 4,3 anos;
Cerca de 50% dos prestadores de cuidados na EM referiram despender 20 horas ou mais por semana nesta tarefa, contra 25% no estudo nacional;
Os prestadores de cuidados na EM eram mais frequentemente maridos que viviam na mesma casa da portadora que necessitava dos cuidados; a nível nacional, a maior parte dos prestadores de cuidados eram mulheres que não viviam com a pessoa a quem prestavam os cuidados;
Os prestadores de cuidados na EM eram mais velhos, com uma média de 60 anos de idade, comparados com a média nacional de 46 anos.

Esta comparação sublinha a necessidade de apoio para os membros da família e para outros prestadores de cuidados informais a pessoas com estados avançados de EM uma vez que, em comparação com as médias nacionais para outras situações, cuidar de uma pessoa com EM leva a muitos anos de cuidados em casa por um(a) esposo(a) de bastante idade, lidando com os muitos desafios e sintomas próprios de uma doença crónica. Este estudo ajudará no desenvolvimento de programas de apoio quer da Sociedade de EM americana quer de outras instituições

Fonte: NMSS – Natonal Multiple Sclerosis Sciety

Estudo piloto dum programa de intervenção cognitiva para pessoas com EM


As pessoas com EM podem desenvolver dificuldades cognitivas (memória, processamento do raciocínio) capazes de interferir com a vida diária. Uma vez que nenhum fármaco se mostrou efectivo nestes sintomas, tornam-se cruciais as estratégias de reabilitação que reduzam o impacto destas perturbações. Os autores, desenvolveram um programa para aumentar o conhecimento das pessoas que participaram no estudo, acerca das suas próprias dificuldades cognitivas e desenvolver a confiança no uso de estratégias de auto-tratamento. Os resultados do estudo salientaram o benefício possível do uso de programas especialmente desenhados para ensinar as pessoas com EM a autocontrolarem os seus deficits cognitivos.

autores: Shevil E, Finlayson M
fonte: Health Educ Res. 2009 Aug 3

Perda de bioactividade do Interferão-beta em Pessoas com Esclerose Múltipla

Está provado que o interferão-beta é um tratamento efectivo da EM. Contudo a resposta ao tratamento é muito variável e por vezes pouco satisfatória. Pensou-se que este tratamento podia fracassar devido ao desenvolvimento de anticorpos neutralizantes. No entanto este efeito dos anticorpos neutralizantes, não se verifica sempre e suscita controvérsia. Os autores demonstraram que algumas pessoas com EM, tratadas com Interferão-beta e que produzem anticorpos neutralizantes têm um defeito de actividade de um gene que está relacionado com a bioactividade do interferão. É este defeito que permite identificar as pessoas em que deve ser interrompido o tratamento. Estes resultados podem vir a assumir grande importância na prática clínica .

autores: Hesse D, Sellebjerg F, Sorensen PS
fonte: Neurology. 2009 Aug 4;73(5):372-7

A avaliação neuropsicológica e as mdições na ressonância magnética permitem prever a evolução a curto prazo na forma de EM benigna

Embora a EM benigna seja uma forma muito ligeira de EM, o agravamento é possível.

Visto que não dispúnhamos de nenhum método que permitisse prever quais as pessoas com EM benigna que viriam no futuro a desenvolver incapacidade, os autores investigaram os factores que afectam a evolução da doença.

Verificaram que os indivíduos do sexo masculino com maus resultados na avaliação neuropsicológica (usando uma bateria de testes) associada a uma carga lesional elevada (usando a técnica de ressonância magnética T1) têm um risco mais elevado de vir a desenvolver níveis mais elevados de incapacidade.


autores: Portaccio E, Stromillo ML, Goretti B, Zipoli V, Siracusa G, Battaglini M, Giorgio A, Bartolozzi ML, Guidi L, Sorbi S, Federico A, Amato MP, De Stefano N
fonte: Neurology. 2009 Jul 29

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Descoberto processo-chave no sistema imunologico para tratamento do câncro

Buenos Aires, 10 ago (EFE).- Cientistas argentinos descobriram o mecanismo que detém o sistema imunológico humano, o que seria um "processo-chave" para desenvolver tratamentos contra o câncer, diabetes e esclerose múltipla, informaram hoje fontes oficiais. O grupo de pesquisadores, liderado por Gabriel Rabinovich, encontrou "as engrenagens moleculares" que fazem com que o sistema imunológico seja desativado e permita, por exemplo, a expansão de células cancerígenas, afirmou um comunicado do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) argentino.(ler mais aqui)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Novo tratamento está a chegar, via oral:Cladribina

A Merck-Serono anunciou que pediu autorização para a introdução de Cladribina, na Europa. Trata-se de uma nova terapêutica oral para os casos de EM por surtos e encontra-se na última fase de ensaio clínico.

O anúncio vem na sequência da divulgação, em Abril, durante o encontro anual da Academia Americana de Neurologia, dos resultados de um ensaio clínico de fase III.

Se o pedido conseguir ultrapassar todas as barreiras regulamentares, o medicamento será a primeira droga modificadora da evolução da doença a ser administrada por via oral. Se não houver mais demoras, a cladribina poderá estar disponível no mercado o mais tardar em meados de 2010, o que significará, a partir dessa altura, uma possibilidade de escolha mais alargada para os portadores de EM.


Eficácia da natalizumab como terapia de segunda linha para casos de EM por surtos: resultados de um estudo multicêntrico feito em países de língua alemã.

É aceite que o Natalizumab (Tysabri) é um medicamento modificador da evolução da EM no caso de pessoas que têm desde o início uma forma muito agressiva da doença ou que têm uma resposta insuficiente aos tratamentos de primeira linha com interferão beta ou acetato de glatiramer.

Dado que os ensaios clínicos deste medicamento não foram desenhados para avaliar o seu efeito enquanto terapêutica secundária (após o insucesso dos tratamentos de primeira linha), os autores estabeleceram, como objectivo, investigar a eficácia da natalizumab nesta última situação.

Apesar de ser um estudo retrospectivo, foi possível demonstrar, quer do ponto de vista clínico quer na ressonância magnética, os efeitos benéficos da natalizumab como medicamento de segunda linha. Os efeitos são evidentes e comparáveis aos dos outros tratamentos modificadores da EM.

Autores: Putzki N, Yaldizli O, Mäurer M, Cursiefen S, Kuckert S, Klawe C. Maschke M, Tettenborn B; Limmroth V
Fonte: Eur J Neurol. 2009 Jul 9


O receptor HLA-Bw4, idêntico à imunoglobulina, protege contra a EM

A EM é uma doença complexa, de causas desconhecidas, na qual os genes e o meio ambiente desempenham importantes papéis.

Pelo facto de a EM ser uma doença auto-imune, a maior parte dos estudos genéticos têm investigado genes especificamente ligados às reacções imunológicas, para se compreender se certas variações destes genes poderão conferir um maior ou menor risco de contrair a doença.

Neste estudo, os autores investigaram os genes que contêm informação sobre a molécula HLA. A HLA é crucial nas reacções imunológicas porque interage com as células imunológicas, tais como as células T e as “Natural Killer” (um tipo de célula imunológica recentemente descoberta e que está envolvida na patogénese da EM).

Os autores compararam um grupo de pessoas com EM com um grupo de controlo de pessoas saudáveis e descobriram que as pessoas que tinham uma variação genética específica da molécula HLA pareciam correr um menor risco de contrair EM. Esta variação genética produz uma célula HLA específica que condiciona e inibe as células “Natural Killer”.

As conclusões deste estudo são importantes porque nos ajudam a conhecer melhor a complexidade da EM.

Autores: Lorentzen AR, Karlsen TH, Olsson M, Smestad C, Mero IL, Woldseth B, Sun JY, Senitzer D, Celius EG, Thorsby E, Spurkland A, Lie BA, Harbo HF.
Fonte: Ann Neurol. 2009 Mar 18;65(6):658-666

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ESCLEROSE MÚLTIPLA
Uma visão nutricional Dieta é a mesma para a população adulta normal

...Embora até o momento não exista uma evidência clara do efeito da dieta especifica sobre a taxa de progressão da doença, alguns estudos científicos têm mostrado que pode ser obtido algum benefício no consumo de alimentos que sejam fontes de compostos antioxidantes e de ácidos graxos essenciais. Nossa dieta normalmente contém determinadas vitaminas e minerais, tais como a vitamina E - lipossolúvel, encontrada na margarina, manteiga e frutas frescas vitamina A - hidrossolúvel, encontrada nas frutas e vegetais frescos selênio - mineral essencial encontrado nos produtos em grãos, peixes, ovos, queijos e carne que são denominadas antioxidantes, e que podem exercer um efeito protetor na bainha de mielina do cérebro contra inflamações causadas pelos radicais livres. Por outro lado os ácidos graxos essenciais, ou seja, aquelas gorduras que o corpo necessita para sua saúde, mas é incapaz de produzir e, por isso, deve obtê-las da dieta, constituem uma parte importante da estrutura do tecido cerebral e da bainha de mielina. O ácido linoleico é o mais amplamente usado desses ácidos graxos essenciais, e está presente em grandes quantidades no óleo de prímula e no óleo de girassol. Outro tipo de ácido graxo essencial é a série Omega-3, encontrada nos peixes e óleos de peixes e na linhaça.. Existem evidências de que esses ácidos graxos essenciais podem alterar a resposta inflamatória nas doenças auto-imunes, como é o caso da Esclerose Múltipla....

Vida Normal

Medicamentos permite vida normal à maioria

Um estudo feito no Centro Hospitalar de Coimbra (CHC, EPE) em doentes com esclerose múltipla, divulgado hoje num congresso em Espinho, concluiu que a maioria consegue levar uma vida normal, mesmo com vários anos de progressão da patologia.(ler mais aqui)

Insatisfação Familiar

Estudo
Insatisfação familiar e depressão agravam esclerose múltipla

A insatisfação familiar e a prevalência de quadros depressivos potencia o agravamento da condição neuropsicológica em doentes com esclerose múltipla, revela um estudo de investigadores da Universidade do Porto a que a Lusa teve hoje acesso. (ler mais aqui)

Australiano volta a andar

Australiano paralisado por 23 anos volta a andar após aplicação de Botox

Um australiano que estava paralisado havia mais de duas décadas após ter sofrido um derrame conseguiu voltar a andar graças a um tratamento com injeções de Botox. (lr mais por aqui)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Novidades!

Andava já há uma semana com uma sensação estranha na perna esquerda (a direita já desde Abril que tinha a sensibilidade profunda em baixo) tipo caimbras e pouca força. O braço esquerdo a acusar também pouca força. Vai daí, tendo que ir com o carro à oficina à Guarda, resolvo ir às urgências ao Hospital Sousa Martins. A espera do costume, 1h 30m, e lá me chama a médica de serviço.
Pois, você tem EM, vou ver se temos neurologista de serviço. Telefona para a central e pede para chamar o neuro. Chamada de volta com o neuro do outro lado.
- Ah e tal, tens aqui um doente que tu segues....
- Mas eu estou de férias!
- Mas tás aqui na escala de hoje!
- Pois, mas estou de férias!
- Mas o doente tem estes e aqueles sintomas...e tal... Resposta provável de lá:
- Dás-lhe três doses,de 1 g cada dia, de Solu-Medrol com soro e tal...
Ora isto tudo, digo eu, só para dizer: em Abril passado foi necessário ir ao hospital três vezes, na presença do mesmo médico e, só já nas últimas é que o dito me internou!
Hoje, de férias, pelo telefone, (e eu é que disse à médica que me devia tar a dar outro surto, o que ela transmitiu ao colega)logo receitou o tratamento , com corticosteróides, em ambulatório! O meu estado ainda não é tão grave como em Abril passado mas, vamos lá a ver, pode ser que esta forma de actuação seja mais eficaz!